sábado, 12 de janeiro de 2008

Quibebe à minha moda

Alguns sabores remetem à infância. Vários marcaram a minha. Quibebe era um prato que a irmã de meu pai sempre fazia. Eu o associo sempre com ela, assim como cucas, pão de aipim e sopa de legumes.
Tínhamos no pátio várias coisas plantadas, entre elas, abóbora-de-pescoço, que eu também conheço como abóbora de doce. Ela é grande, tem uma base arrendada e um "pescoço" longo. É meio adocicada e macia, em um tom laranja bem vivo.
Minha mãe fazia flores de abóbora à milanesa, ficava lindo e delicioso. É claro que não usava todas, pois a finalidade era que ela tivesse abóbora para o doce (que ela adora), que fazia e guardava em vidro para o ano inteiro, e minha tia, para o quibebe.
Quando vi um belo pedaço de abóbora no supermercado, e de cultivo orgânico, não tive dúvida: teríamos quibebe na janta. Não sabia direito como fazer e, na internet, as receitas que encontrei não se assemelhavam muito com a de minhas lembranças. Então, fui pelo instinto, provando, acrescentando, puxando pela memória. Não sei se o de minha tia era assim, mas é dessa maneira que me recordo dos quibebes de minha infância.

Ingredientes:
2 colheres de sopa de azeite
1 cebola picada
850g de abóbora-de-pescoço picada
1/2 xícara de água
2 tomates sem semente picados
1 colher de açúcar mascavo
sal a gosto
3 colheres de farinha de milho
salsinha picada a gosto

Modo de fazer:
1. Aqueça o azeite e refogue nele a cebola rapidamente. Acrescente a abóbora e a água. Cubra a panela para que a abóbora cozinhe. Mexa de vez em quando para não grudar.
2. Quando a abóbora estiver macia, desligue o fogo e amasse com um pilão ou amassador de legumes, na própria panela.
3. Leve o purê (não precisa ficar muito homogêneo) novamente ao fogo e acrescente os tomates, o açúcar e o sal. Deixe ferver.
4. Acrescente a farinha, mexendo rapidamente para não empelotar. Mexa até soltar das laterais da panela. Se ficar muito mole, acrescente mais uma colher de farinha.
5. Junte a salsinha e desligue.

Dica: pode parecer o cúmulo da extravagância, mas comi a sobra no dia seguinte com pão de centeio, fazendo as vezes de patê, e a-do-rei.

10 comentários:

risonha disse...

eu que adoro abóbora, já fiquei a babar só de ler a receita e de olhar para a foto.

Isabel de Miranda disse...

adorei...abóbora que eu gosto...beijinhos doces

Anônimo disse...

Eu não sou fã de abóboras, mas ficou lindo! Acho que eu usaria como decoração ou colchão para algum peixe.

Mas para quem gosta, bom apetite.

Tudo de bom!

Eli disse...

Que delícia!! E sua louça é linda! Eu conheço quibebe mas feito com mandioca cada região é de um jeito né?! Gostei muito da receita! :)

Rosamaria disse...

Rosane

Na nossa região tb chamamos essa abóbora de abóbora menina.
O quibebe e o doce de abóbora tb me levam à infância. Minha mãe fazia sempre.
Aqui em casa, no inverno, meu genro faz carreteiro, minha filha, feijoada e eu faço quibebe. Na falta deste tipo de abóbora, faço com a japonesa ou cabotiá e fica bom também.
Eu não uso tomate e o açúcar é impressindível.

Só que, depois do almoço, temos que sair e caminhar, hehehe.

Bjim.

Rosane Vargas disse...

Risonha e Anjinha, temos mais esta paixão em comum: abóbora.

Nunca treze à mesa (guri, não sei teu nome), achei ótima a idéia do colchão. Em breve em cartaz hehehehe.

Eliana, louça faz a diferença, né? Como é esse quibebe com mandioca? Tentei entrar no teu blog, mas não consegui.

Rosa! de volta, que bom. Temos lembranças parecidas de infância, carreteiro, quibebe... minha fazia uma sopa de feijão branco com mondongo (não era mocotó), uma delícia. Estou tentando colocar o selo, mas não estou conseguindo, falta habilidade, bah.

bjs a todos

Valentina disse...

Que post gostoso.

Nani disse...

Uau que abobora mais linda!

Anônimo disse...

Adorei,vou fazer esta receita,pois assim como vc também tenho ótimas recordações!!

Anônimo disse...

Mina vó também fazia, realmente tem gostinho de infância. Arroz, feijão e quibebe, não precisa mais nada. A diferença da minha para a tua é que não coloco tomate.

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